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18 de maio de 2015

Greve: A hipocrisia social com a educação e o desinteresse dos alunos(as) em ser professor.

Amigos(as) internautas e alunos(as)
Hoje, a profissão de professor(a) em escola pública estadual, e municipal, e especificamente em Santa Catarina, é um desafio e tanto, diante do achatamento da tabela salarial e da falta perspectivas na carreira.
O número dos alunos(as) do ensino médio de escolas públicas, especificamente do 3º ano do EM,  que desejam seguir a carreira do magistério, é muito pequeno e insignificante diante da população de jovens.
Você pode se perguntar: como chegou a essa conclusão? De onde?
Da sala de aula. Eu já fiz, isso por várias vezes, com perguntas aos alunos(as). 
Nas turmas  de 30 alunos em média,  de vez em quando  em alguma turma aparece próximo de 2 ou 3, interessados(as) em seguir a carreira do magistério.
Ainda, vou mais longe. Já perguntei: Mas, por que você não quer ser professor?
Algumas das respostas mais comuns:  por que é pouco valorizado, devido a indisciplina e falta de respeito ao professor e não gostam.
É preocupante, esse dado que revela o desinteresse pela profissão professor.
Pelo professor(a), passam todas as outras profissões, todas as pessoas, até chegar numa universidade e o futuro do nosso Município, Estado e País.
É triste,  ver os professores em greve lutando por uma educação pública, gratuíta e de qualidade e grande parte dessa sociedade ser indiferente, algumas pessoas desinformadas, xingando seus mestres em redes sociais quando da greve.
A indiferença da sociedade, diante da educação parece notável e fica evidente quando da greve.
Algumas pessoas ficam bravas, parecem que estão preocupadas apenas por não ter onde deixar seus filhos  por não ter aulas durante a greve. Outras, xingam seus mestres! Não lhes interessando, se as salas de aulas estão superlotadas, o professor trabalha 60 horas, de manhã, tarde e noite, pra ter um ganho um pouco melhor,  não se importando que isso prejudica a qualidade das aulas, de que o professor tem que levar um monte de trabalhos e provas para corrigir em casa, mesmo tendo sua família e o direito ao descanso, ainda de que o professor fica estressado e depressivo por excesso de trabalho e tensão o dia todo.
Ainda, pior, aquelas pessoas, que nem  se quer ficam indignadas com o governo, quando deixa de contratar professor por um bimestre, ou no início do ano, mesmo, em casos de doença de algum professor, deixa os alunos sem aula. Nesse caso, não aparece revolta, porque os alunos estão na escola, por mais que não estejam apreendendo, não estão em casa.Mas, quando tem greve, porque para toda a escola, ou grande parte dela, aí os filhos ficam sem aulas, a revolta aparece. Ao invés de ser contra o governo estadual e sua política nefasta, e exigir mudanças, infelizmente para algumas pessoas, a revolta é contra os (as) professores(as) que lutam para mudar a triste realidade. 
Foram muitos anos de estudos na licenciatura, Pós Graduação, Mestrado e até Doutorado. Os professores também tem nível superior e merecem respeitos como outra profissão de nível superior: médico, advogado, juíz, promotor, etc.
 E pior,ainda, é ver os professores em greve lutando por uma educação pública, gratuíta e de qualidade e grande parte dessa sociedade ser indiferente, algumas pessoas desinformadas, xingando os seus mestres em redes sociais quando da greve.
E digo, apesar de todas as nossas dificuldades, desvalorização e falta de condições de trabalho, é na escola pública que eu aposto, pois conseguimos mesmo assim, a inclusão social. O que seria então, se tivéssemos valorização e condições de trabalho?
Abaixo a hipocrisia de muitos(as)! E lutemos por uma educação pública, gratuíta e de qualidade, juntos com seus mestres, para que os governantes os respeitem e valorizem. Ou então, teremos pessoas sem compromisso e formação, fazendo da educação um bico e a qualidade cada vez piorando.
Prof. Celestino Glaab

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