O magistério público de Santa Catarina está repondo as aulas e os conteúdos com a responsabilidade e dentro das possibilidades, de acordo com o tempo disponível.
Se o governo estadual estivesse preocupado com a educação pública, teria dialogado e resolvido a situação do cumprimento da lei do piso do magistério antes do dia 18 de maio de 2011, data do início da greve.
Agora, nós do magistério faremos o possível, porque para minimizar perdas aos alunos.
Infelizmente, os 62 dias de greve do magistério não foi suficiente, o governo ainda não cumpre integralmente o piso na carreira do magistério conforme prevê a lei 11.738/2008, porque a nova tabela salarial da lei 539/2011, ficou achatada e acaba com o anterior Plano de Cargos e Salários do Magistério, que foi conquistado em 1992.
Então, não adianta o governo fazer a pressão no magistério, dizendo que as aulas vão até a primeira semana de janeiro de 2012, para dar uma satisfação à sociedade.
Enfim, por mais que o magistério se esforce para repor as aulas e os conteúdos, o estrago está feito, culpa do governo que não deu ouvidos aos profissionais do magistério, que exigiram o que era o óbvio, o cumprimento de uma lei federal.
A sociedade catarinense quer saber: como será essa situação nas regiões litorâneas, que vivem do turismo? Por que o governo não resolveu esse impasse antes da greve? Quando serão devolvidos à educação, os mais de 2 bilhões de reais do Fundeb, que foram desviados para a ALESC, TJ, UDESC, TCE e MPE? E os culpados por esse desvio, serão punidos?
Estamos de olho nos compromissos assumidos pelo governo de SC em formar um grupo de estudos - Sinte e Governo - para estudar, debater e encaminhar muitas reinvindicações da categoria, entre elas: a descompressão da tabela salarial, concurso público, 1/3 de hora-atividade, etc.
A educação pública, gratuíta e de qualidade, passa pela valorização do magistério com um salário digno, a formação continuada e condições de trabalho.
Professor Celestino Glaab
