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18 de abril de 2014

As prisões das Escolas

Olá amigo(a) internauta.
Nessa tempo de feriado e  Páscoa, quero compartilhar algumas reflexões sobre o ambiente escolar no contexto da Campanha da Fraternidade 2014: " É para a liberdade, que Cristo nos libertou".
Um professor que trabalha com  o excesso de aulas na faixa de 50 ou  60 horas semanais para sobreviver um pouco melhor, vive aprisionado  no trabalho, pois não tem tempo para sua família.
Um professor com apenas com 10, 20, 30 e 40 horas semanais, vive aprisionado sem o dinheiro suficiente,  porque na imensa maioria dos Estados e Municípios brasileiros, o salário de professor não dá para o sustento de sua família, ao lazer, a viagem, e a cultura.
 Um professor sem o tempo da hora atividade de no mínimo 33%, não tem tempo para preparar a aula, corrigir as provas e trabalhos, acompanhar os alunos com dificuldade e  para fazer-lhes a recuperação paralela individual. Esse professor que leva trabalho para casa, fica aprisionado nos finais de semana, sem que alguém lhe pague por trabalhar a mais e como se ele não tivesse família e o direito ao descanso.
As salas de aula, estão aprisionadas em números, porque para a maioria dos governos, vale a quantidade,  o número elevado de alunos por sala e os índices elevados de aprovação, menos a qualidade. 
Os alunos(as)  e professores estão aprisionados porque a maior parte do tempo escolar ficam em sala de aula  devido as condições de trabalho e de aprendizagem que lhes foram impostas. Assim deixam de estarem em laboratórios, pesquisas, projetos, interação e atividades extraclasse.
A falta de democracia nas escolas aprisiona, pois ainda muitos diretores são indicações políticas e braços opressores de governos, o que impede o espaço da discussão, do público, do respeito, das opiniões e decisões do coletivo.
O professor(a) muitas vezes, não tem o tempo para pensar na sua profissão, de conversar com seus companheiros(as)  na   própria escola via sindicato. Essa prisão do medo de ser sindicalizado,  impede muitos de irem a luta, pois quem não tem a visão política, a formação sindical, teme a repressão através das ameças ao professor efetivo ou temporário,  o que muitas vezes faz com que aceitem a situação de injustiça  que é imposta.
Por fim, a comunidade escolar(pais, alunos e professores), precisam quebrar as algemas das prisões que muitos governos impõem nas escolas, nos  alunos e professores por meio de sistemas educacionais  que  os impedem de terem a liberdade.
A Páscoa significa a liberdade que valorize os  seus professores e funcionários na questão salarial, condição de trabalho e formação continuada e que valorize seus  alunos por meio de uma educação pública, gratuíta e  de qualidade, onde o processo ensino aprendizagem aconteça na sua totalidade, garantindo o direito enquanto cidadãos. 
Afinal, Deus nos criou para sermos livres. E para termos essa liberdade, todos(as) devem participar dessa luta, para que mude essa realidade das prisões de muitas escolas.
 O verdadeiro sentido da Páscoa é o  da liberdade que Jesus, o grande mestre ensinou.   


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